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Amazonas

Governo do Amazonas apoia pesquisa sobre óleos essenciais extraídos de plantas amazônicas como bioinseticidas

20 de agosto de 2025
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O estudo foi realizado no âmbito da Chamada Iniciativa Amazônia +10, com o apoio da Fapeam

Foto: Acervo do laboratório de Malária e Dengue/Inpa

Desenvolver produtos formulados a partir de óleos essenciais extraídos de plantas amazônicas do gênero Piper com ação larvicida, antiviral e antiplasmódica na Amazônia, foram os objetivos da pesquisa científica, apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), realizada em colaboração por pesquisadores do Amazonas, do Maranhão e do Paraná.

O estudo “Inovações tecnológicas para monitoramento, controle vetorial e dos agentes etiológicos da malária e dengue na Amazônia” também analisa a eficácia de um bioinseticida à base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), produzido no Brasil, no controle de larvas de Anopheles darlingi, o principal vetor da malária na Amazônia.

Foto: Acervo do laboratório de Malária e Dengue/InpaA pesquisa reúne pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); da Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Joelma Soares da Silva, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); e João Antônio Cyrino Zequi, da Universidade Estadual de Londrina (UEL); e amparada pela Iniciativa Amazônia +10, Chamada Pública nº 003/2022, em parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisas (Confap).

A coordenadora do projeto no Amazonas, pesquisadora Rosemary A. Roque, do Inpa, revela que o estudo já realizou testes biológicos dos óleos essenciais com resultados inéditos os quais foram publicados em revistas internacionais de elevado impacto científico.

“Até o momento, foram realizados testes que demonstraram atividades biológicas promissoras dos óleos essenciais contra diferentes estágios: ovos, larvas, pupas e adulto, dos vetores da malária Anopheles spp. e do Aedes aegypti”, explicou Rosemary Roque.

Substâncias com potencial inibidor contra o vírus da dengue e Zika, além do agente etiológico da malária, Plasmodium vivax, já foram identificados no decorrer dos estudos, que confirma a baixa toxicidade ambiental e celular das substâncias.

Além do desenvolvimento de produtos inovadores, o projeto promove formação de recursos humanos locais, com a participação de alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Também houve a divulgação científica em escolas e eventos, reforçando a valorização da biodiversidade e do conhecimento tradicional amazônico.

Foto: Acervo do laboratório de Malária e Dengue/InpaExtração dos óleos essenciais

Para extração dos óleos essenciais e isolamento das substâncias, os pesquisadores usaram da biotecnologia para o controle vetorial e dos agentes etiológicos da malária e dengue. Os óleos essenciais são extraídos das folhas e galhos do gênero Piper, em especial Piper purusanum, Piper alatipetiolatum, Piper brachypetiolatum, Piper tuberculatum, Piper baccans, entre outras, coletados na Reserva Adolpho Duke e no Museu da Amazônia em Manaus, que revelaram uma ação potente contra vetores da malária e da dengue, sem efeitos tóxicos sobre organismos aquáticos não-alvos.

Além disso, realizam a formulação de nanoprodutos, testes de atividade biológica in vitro e in vivo (larvicida, antiviral, antiplasmódica), análises cromatográficas, testes de toxicidade celular/ecotoxicológica em insetos aquáticos não-alvos e aplicações em campo em criadouros naturais dos mosquitos.

Fomento à pesquisa

Para a coordenadora do projeto, o apoio da Fapeam é essencial para a difusão da ciência, principalmente, em relação a infraestrutura de laboratórios e equipamentos de pesquisa na Amazônia.

“O apoio da Fundação foi essencial para a execução do projeto de pesquisa, proporcionando recursos financeiros para pagamento das bolsas, aquisição de equipamentos, materiais de consumo, passagens e diárias para a realização das atividades de campo e laboratório. Além de viabilizar a integração interinstitucional entre Amazonas, Maranhão e Paraná, fortalecendo a pesquisa científica na Amazônia”, avaliou a pesquisadora.

Expectivas para o futuro

Segundo ela, a expectativa é de que os produtos desenvolvidos, nanoformulações à base de óleos essenciais de plantas amazônicas e do bioinseticida a base de Bti, sejam incorporados às estratégias de controle vetorial.

A longo prazo, o projeto pretende contribuir para a redução dos casos de malária, dengue, Zika e Chikungunya, e com o fortalecimento das ações de saúde pública, além de atrair parcerias e investimentos em biotecnologia amazônica.

Iniciativa Amazônia +10

A Chamada apoia estudos e o desenvolvimento tecnológico em instituições de ensino e pesquisa e em empresas sobre os problemas atuais da Amazônia, que tenham como foco o estreitamento das interações natureza-sociedade, para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região amazônica.

Na primeira Chamada da Iniciativa Amazônia +10 (nº 003/2022) foram aprovados 39 projetos de pesquisa, desses, 16 contam com projetos de pesquisadores do Amazonas.

Assuntos Agência Amazonas, Governo do Amazonas, Governo Wilson Lima, SECOM
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